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ESG no Comércio Exterior: no que as empresas precisam estar atentas

A sigla ESG já não é mais segredo para ninguém. A agenda de pautas ambientais, sociais e de governança que passou a ser adotada pelas empresas após uma reunião em que o ex secretário-geral das Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, desafiou os maiores líderes globais a adotarem soluções que priorizem em sua política fatores relacionados a estas áreas, na busca por atingir a determinadas metas até 2030.

Desde então, as lideranças políticas, empresariais e de organizações do mundo todo vêm buscando alternativas para tornar sua gestão mais adequada a este grande pacto global de valores e princípios compartilhados.

Mas como estes princípios e objetivos se aplicam no Comércio Exterior? Fique com a gente para descobrir neste conteúdo.

Social

Apesar de possuir uma política trabalhista bastante avançada em relação ao restante do mundo, o Brasil fica para trás no que diz respeito à aplicação das melhores práticas sociais dentro das empresas.

O tópico, que inclui pautas como direitos humanos, inclusão, diversidade e bem-estar animal, é frequentemente deixado em segundo plano pelas corporações, ou relegado a ações pontuais nos departamentos de RH, sem representar uma alteração significativa a nível de cultura nas empresas.

Recentemente, porém, o aumento do interesse da sociedade sobre os temas tem trazido luz e força para discussões e ações relativas a gênero, raça, capacitismo e outros tópicos dentro das organizações.

Diversidade, equidade, inclusão e bem-estar do trabalhador têm recebido cada vez mais atenção, e precisam permear também as relações internas e externas do segmento de Comércio Exterior.

Ambiental

As organizações brasileiras têm uma oportunidade única de se destacar em suas ações e garantir competitividade no mercado. Na área energética, o Brasil é um país com um enorme potencial e diferencial, representando um destaque no mundo, já que boa parte de sua matriz energética já é bastante sustentável, com mais fontes de energia renováveis e limpas do que o restante dos países.

De acordo com o Balanço Energético divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, em 2022, o País apresentava 47,4% de sua geração de energia e eletricidade por meio de fontes renováveis, oriundas por exemplo, de biomassa de cana (15,4%), fontes hidráulicas (12,5%), lenha e carvão vegetal (9%), eólicas (2,3%) e solares (1,2%), entre outros.

O número de nossas matrizes renováveis é bastante superior à média mundial, que em 2021, era de apenas 15%.

Entretanto, quando falamos em Comércio Exterior, é preciso lembrar que grande parte dos transportes de mercadorias entre países são realizados por meio de navios, responsáveis por aproximadamente 2,5% das emissões de CO2 do planeta.

O frete marítimo é o ponto central nas discussões ambientais da agenda ESG no Comércio Exterior, e foco do IMO para a redução das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEEs) por navios. A pauta tem ainda como foco o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODSs) da Agenda 2030 da ONU – Organização das Nações Unidas.

No Brasil, o transporte rodoviário também é um grande impasse para a descarbonização. Isso porque nosso país é bastante dependente deste modal, que é um dos mais poluentes. Mais de 60% dos transportes que ocorrem dentro do País são realizados por este tipo de modal, especialmente por meio de veículos pesados.

Neste sentido,  a implementação e o uso da tecnologia nas corporações são essenciais para auxiliar na conquista de baixa emissão de carbono e de uma política ESG eficiente no que diz respeito à questão ambiental.

Governança

Atingir a excelência no quesito governança passa por uma gestão transparente e ética, com regras de conduta definidas e uma política anticorrupção clara.

Isso não diz respeito apenas à estrutura interna das corporações, mas também, às suas redes de fornecedores e parceiros. O Comércio Exterior é, em essência, feito de negociações e parcerias. E estas precisam ser realizadas de forma a garantir a lisura e confiabilidade de todos os envolvidos, já que qualquer erro pode impactar na imagem e reputação de marca de uma grande cadeia de empresas e organizações, levando a um descrédito junto a investidores, clientes e sociedade em geral.

O foco no compliance aduaneiro é essencial para adquirir uma governança forte e adequada aos requisitos da Agenda ESG e às exigências de parceiros, fornecedores e clientes.

As empresas Certificadas OEA saem na frente e dão um grande passo rumo a esta conquista, já que a Certificação já é responsável por adequações importantes nas estruturações das empresas neste sentido.

Além disso, empresas com uma agenda de governança bem estruturada têm maiores chances de garantir a eficiência de seus processos de Comércio Exterior e a liberação ágil das cargas, já que possuem processos claros e bem traçados em suas organizações, e uma gestão de riscos bastante avançada.

Empresas que não cumprem com as premissas ESG passam a ser cada vez mais vistas como opções de risco por investidores e parceiros.

Em resumo, assim como em todos os segmentos, no Comércio Exterior, um pilar de governança forte se traduz em negócios sólidos e confiança por parte dos stakeholders.

Se você deseja contar com uma política ESG estruturada dentro das atividades do Comércio Exterior, converse com nossos especialistas e saiba como a Freitas pode te ajudar neste sentido.

Abraços,
Equipe Freitas.

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