Santa Catarina, conhecida por suas belas praias e natureza exuberante, está se consolidando de uma vez por todas como um dos principais pólos portuários do Brasil.
A região sempre foi sinônimo de uma ótima infraestrutura logística em função de sua localização privilegiada e da proximidade com importantes centros produtores e consumidores, além da facilidade de acesso a rodovias e ferrovias.
Mas agora, com uma série de investimentos em infraestrutura e modernização, os portos catarinenses estão prestes a alcançar um feito histórico: superar a capacidade do Porto de Santos, tradicionalmente o maior porto do país.
O complexo portuário de Santos tem capacidade de movimentação de 5,3 milhões de TEUs por ano, ou 40% do volume movimentado do País atualmente. Com os investimentos previstos para os próximos anos em Santa Catarina, o complexo do estado deve chegar a movimentar 6,5 milhões de TEUs por ano dentro de 5 anos.
Essa mudança de cenário representa uma nova dinâmica no transporte marítimo brasileiro, com importantes implicações para a economia do país.
Os investimentos nos Portos de Santa Catarina
Nos últimos anos, os portos de Santa Catarina têm demonstrado um crescimento exponencial em sua capacidade de movimentação de cargas.
Essa expansão é resultado de diversos fatores, como investimentos em infraestrutura como os previstos para os próximos anos, anunciados pela Portonave, Porto Itapoá e Porto de Imbituba, ampliando significativamente sua capacidade de operação.
O aumento do calado é um desses investimentos, que permite que embarcações de grande porte e alta tecnologia possam atracar no estado.
Somente em Itapoá, a expectativa é de investimentos na ordem dos R$ 2 bilhões. A expansão do terminal contará com mais 200 mil m² de pátio e um armazém de 8 mil m². Com essa ampliação, o porto passa a operar um dos maiores pátios de contêineres do Brasil, com capacidade de movimentar até 2 milhões de TEUs.
O canal de acesso à Baía da Babitonga, que movimenta mais de 60% das cargas portuárias do estado de Santa Catarina, também tem projetos para ser ampliado.
Já em Imbituba, serão investidos R$ 95 milhões para a recuperação, reforço e ampliação do Cais 3, passando de 200m para 270m a fim de permitir que navios maiores atraquem no Porto.
A tendência, com estes investimentos, é de que as movimentações no Porto cresçam cada vez mais. Somente no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, Imbituba somou 40.412 mil TEUs movimentados.
Com o Novo Processo de Importação, a infraestrutura do estado deve estar preparada para o aumento do volume de cargas e o crescimento e maior celeridade das operações.
Este é um movimento que já vem acontecendo em algumas regiões do estado.
Mesmo com o Porto ainda fora de operação, a cidade de Itajaí já foi a que mais importou mercadorias em 2023, desbancando grandes centros e importando US$ 13 bilhões, R$ 64 bilhões em conversão direta, ou cerca de 5,47% de todas as importações do Brasil.
Isso demonstra que a região tem potencial para crescer ainda mais, e deve se preparar para receber esse crescimento com infraestrutura e serviços de qualidade.
Benefícios do crescimento do complexo portuário de Santa Catarina
A expansão dos portos catarinenses trará diversos benefícios para a região e para o Brasil como um todo. Eles passam pela geração de empregos, atração de novos investimentos para o estado e migração de empresas e indústrias para a região.
Além disso, oferecem uma maior redução dos custos logísticos em um estado que já é um dos mais vantajosos do País na questão fiscal, em função de benefícios como o TTD.
Assim, a maior capacidade e eficiência dos portos catarinenses contribuirão para tornar os produtos mais competitivos no mercado.
Os portos catarinenses estão vivendo um momento de grande transformação e crescimento. Com investimentos contínuos e uma localização estratégica, esses portos estão se consolidando como um dos principais hubs logísticos da América Latina. A superação da capacidade do Porto de Santos é apenas mais um marco nessa trajetória de sucesso, que promete impulsionar ainda mais o desenvolvimento econômico e social da região.
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Equipe Freitas.
