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A expansão do BRICS e o impacto no Comércio Exterior

Recentemente, em 24 de agosto, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia foram convidados para se tornarem membros oficiais do BRICS, o bloco dos países em desenvolvimento. A aliança, que até então era composta por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, passou a contar com 36,6% de todo o PIB mundial.

Mas quais são os maiores impactos dessa expansão para o Comércio Exterior no mundo? Quais países mais serão impactados por esta adesão? É sobre isso que vamos falar hoje em nosso blogpost. Acompanhe para descobrir.

Os motivos para a expansão do BRICS

Entre os principais motivos para a expansão do BRICS estão o enfrentamento aos principais desafios dos países do Sul Global, definidos como os países em via de desenvolvimento e com uma estrutura social e econômica permeada por desigualdades.

A começar pela diminuição da dependência do dólar, que visa fortalecer as relações comerciais intra regionais realizadas com moedas dos participantes do bloco. A exemplo disso, Brasil e China realizaram no dia 3 de outubro a primeira transação comercial entre os países sem o uso do dólar, utilizando apenas suas próprias moedas (real e yuan).

Além disso, o outro grande objetivo da expansão dos BRICS é estabelecer uma maior representação dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento nas organizações internacionais e nos fóruns multilaterais nos quais desempenham um papel importante.

Além disso, na declaração da Cúpula dos BRICS, ressaltou-se como motivos para a expansão a importância da “valorização das micro e pequenas e sua integração no comércio intra-BRICS, junto à promoção do intercâmbio entre os povos ‘para melhorar a compreensão mútua, a amizade e a cooperação’, o reconhecimento dos diferentes patamares da economia digital e a criação do Grupo de Trabalho do Brics sobre o tema para enfrentar os desafios”.

Quais países serão mais impactados com a expansão do BRICS?

Sem dúvida, os mais beneficiados com a expansão do BRICS são os países que adentraram o bloco, por conquistarem uma maior força política e econômica em função da influência dos países já pertencentes.

Para os países já existentes, apesar de perderem peso relativo dentro do grupo com a entrada de novos atores, obviamente existem intenções que beneficiam as suas próprias nações.

A China é, na opinião de especialistas, o maior beneficiário desta expansão. A internacionalização do yuan tem muito a ganhar com a entrada dos novos países, frequentemente colocados à margem pelo Ocidente.

Sendo a principal potência em contraponto à hegemonia dos Estados Unidos no mundo, com foco na construção de uma nova ordem global, o País será fortemente beneficiado.

Já para o Brasil, a presença permanente como membro do Conselho de Segurança da ONU, objetivo que vem sendo buscado há muitos anos, pode ganhar força com a adesão dos novos países ao bloco.

A diversificação das alianças com países árabes também tende a reforçar as parcerias comerciais do Brasil e da América Latina com estes países, fortes produtores de gás, petróleo e derivados, contribuindo para diminuir a dependência dos países do bloco da força dos Estados Unidos no comércio global destes insumos.

Argentina tem sido um grande parceiro comercial da China, e por isso, também tende a ter ganhos (muito bem-vindos em função de sua economia atual) com a entrada no bloco.

Em resumo, todos os demais países da aliança tendem a ter suas economias fortalecidas com a possibilidade de contar com maiores parcerias comerciais e maior independência com relação à Europa e aos Estados Unidos.

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Abraços,
Equipe Freitas.

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