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Nearshoring: a tendência da vez no comex pode beneficiar o brasil?

Quem atua ou é impactado pelas atividades de Comércio Exterior, de importação ou de exportação, sabe o quanto os riscos na logística podem levar uma empresa a prejuízos incalculáveis, e até mesmo a fechar as portas. Em meio a tantos desafios para a cadeia global e a expectativa de desaceleração da economia mundial, especialistas buscam soluções viáveis e efetivas: uma delas, que ganha cada vez mais atenção e adeptos é a nearshoring.

O que significa, seus impactos e como o Brasil pode se beneficiar é o que você vai ler neste post.

A expressão em inglês é usada para se referir à estratégia das empresas de levar a produção para mais perto dos mercados onde os produtos são vendidos. É exatamente o oposto do que se intensificou décadas atrás com o offshoring, cujo foco na redução de custos de produção levou fábricas para países distantes de seus públicos. O que se observa, no entanto, é que outras influências podem trazer mais desvantagens que ganhos, inclusive sobre questões financeiras – embora não se prenda à elas.

Nearshoring se refere à tendência de realocação de fábricas de outros mercados para fugir da dependência de países antes tidos como origens certas, como China e Índia. Afinal, previsibilidade é um ponto fundamental para a competitividade das empresas e quando é preciso lidar com instabilidades que inviabilizam ou causam transtornos aos negócios – que poderiam ser evitados de acordo com a rota das operações – é preciso pensar e colocar em prática, literalmente, novos caminhos.

Alguns exemplos de impactos recentes são:

  • Questões geopolíticas, como a Guerra na Ucrânia e o conflito entre China e Taiwan.
  • Impasses trabalhistas, como os que têm sido vistos em diversos portos do mundo.
  • Desastres naturais, como o terremoto na Turquia e Síria.
  • Necessidade de redução da emissão de carbono e restrições relacionadas.

Isso sem falar de todos os transtornos causados pela pandemia e suas consequências, como os constantes lockdowns em cidades chinesas estratégicas para o comércio internacional.

Empresas que aderiram ao nearshoring

A multinacional americana Hisun U.S.A., por exemplo, resolveu transferir para o seu vizinho a fabricação de alguns dos produtos que antes vinham da Ásia. Com isso, a maior parte do mercado americano pode ser abastecida pelo México e a preocupação com as questões logísticas, distâncias e todas as possibilidades de riscos nesse trajeto, são extremamente reduzidas.

O presidente-executivo da Tecma, Alan Russell, transferiu a produção de grandes indústrias para o México e já declarou que busca mais autonomia em relação às cadeias de suprimentos da China para vender para o mercado americano.

Os impactos e esse movimento para a economia mexicana são visíveis. Prova disso é que somente no ano passado, segundo dados da Associação Mexicana de Parques Industriais Privados (AMPIP), foi iniciada a construção de 47 novos parques industriais no país. Estimativas apontam que o nearshoring vai gerar aproximadamente US$ 30 bilhões (cerca de R$ 155 bilhões) à economia este ano.

E o Brasil na tendência de nearshoring?

Assim como o México, que já tem resultados apontados como consequência dessa tendência, o Brasil também pode aproveitá-la, ao passo que continue investindo na desburocratização e facilitação dos processos de Comércio Exterior, como Márcio Freitas, diretor comercial da Freitas, comentou neste post.

Para ser um hub regional, também é importante ter investimentos em infraestrutura e tributação, que corroboram com as facilitações necessárias.

Ao pensar em como o Brasil pode aproveitar essa tendência, Renato Ejnisman, vice-presidente de atacado do Santander Brasil, afirmou que acredita que o país também está sendo seriamente cogitado como uma alternativa interessante.

Ele pondera que o Brasil é um aliado histórico dos EUA e, embora há muito a melhorar, em termos de rodovias existe uma superioridade em relação ao México. Com relação ao funding, há boas alternativas de captação e, do ponto de vista energético, o país está bem à frente, devido às suas fontes limpas e renováveis.

E você, já pensou em como o modelo nearshoring pode ser interessante para a sua empresa?

Para aproveitar a tendência, é preciso fazer o dever de casa: investir em uma tecnologia que permita o controle e visibilidade dos processos, assim como em inteligência para garantir a conformidade e segurança das operações.

Fale agora mesmo com um especialista e peça um diagnóstico real! 😉

Abraços,
Equipe Freitas.

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